Entusiastas do emprego de inteligência artificial no mercado de arte ficaram empolgados quando foi divulgada a notícia de que uma IA havia atribuído ao pintor renascentista Raphael a autoria de uma obra desconhecida.
Equipes das universidades de Nottingham e Bradford usaram tecnologia de reconhecimento facial para identificar a obra, conhecida como Brecy Tondo, e descobriram que os rostos eram exatamente iguais aos de um retábulo de Raphael.
“Juntamente com o meu trabalho anterior utilizando reconhecimento facial, e combinado com pesquisas anteriores dos meus colegas acadêmicos, concluímos que o Tondo e a Madona Sistina são, sem dúvida, do mesmo artista.” disse o professor Hassan Ugail, diretor do Centro de Computação Visual da Universidade de Bradford.
Alguns especialistas especularam que a misteriosa obra, parte de uma coleção criada por George Lester Winward, era uma cópia criada na Era vitoriana. A pintura tem sido pesquisada e debatida há mais de quarenta anos devido à sua semelhança com a Madona Sistina de Raphael.
A notícia é mais uma que se soma ao debate sobre o emprego de tecnologias como a inteligência artificial no mercado de arte, e abre espaço para a possibilidade de novas autenticações baseadas em softwares.
Ugail diz que seu programa, em conjunto com a experiência humana, pode levar a uma “autenticação mais fácil” de obras de arte e “maior transparência”.