O vídeo mapping, também conhecido como projeção mapeada, é uma técnica audiovisual que utiliza projeções de vídeo para transformar superfícies físicas, como paredes, edifícios, objetos ou estruturas, em telas dinâmicas e interativas. Essa forma de arte digital se destaca por criar ilusões de movimento e tridimensionalidade, frequentemente associadas a elementos de arte interativa e multimédia.
Como funciona o vídeo mapping?
O vídeo mapping é possível graças a softwares especializados que mapeiam uma superfície em 3D e projetam imagens ou vídeos de forma precisa sobre ela. A partir dessa projeção, é possível manipular texturas, cores, animações e até criar efeitos que transformam a percepção do espaço, dando a impressão de que a superfície projetada está em movimento ou se transformando.
Essa técnica é especialmente popular em eventos culturais, festivais de arte, shows e exposições, pois permite criar experiências visuais imersivas. O vídeo mapping pode ser utilizado em diferentes escalas, desde pequenas instalações até grandes projeções em fachadas de edifícios históricos, como é o caso de algumas das intervenções artísticas mais emblemáticas em espaços públicos.
A história do vídeo mapping
Embora a técnica tenha ganhado popularidade nas últimas décadas, suas origens remontam ao início dos anos 2000, quando artistas começaram a experimentar com projeções mapeadas em 3D em espaços urbanos. Desde então, o vídeo mapping evoluiu e se tornou uma ferramenta artística potente, permitindo uma abordagem mais criativa e interativa na produção de arte audiovisual.
Uma das primeiras instâncias notáveis de vídeo mapping foi o uso de projeções em grandes monumentos e igrejas durante eventos e festivais de arte. Essa técnica passou a ser aplicada em instalações artísticas contemporâneas, explorações culturais e performances, ganhando destaque mundial.
O Vídeo Mapping na arte contemporânea
No contexto da arte contemporânea, o vídeo mapping tem sido utilizado como uma forma de subverter o espaço tradicional da galeria e do museu. Artistas contemporâneos o utilizam para criar obras que dialogam com a arquitetura, utilizando edifícios como suportes para a narrativa visual. Muitas vezes, a projeção não se limita a ser uma simples animação, mas envolve conceitos complexos sobre espaço, memória e interação com o público.
Um exemplo famoso é a projeção feita pela artista do Coletivo Coletores, Flávio Camargo e Toni Baptiste, que utilizaram o vídeo mapping para trazer à tona a história e as memórias afro-latinas, projetando essas narrativas na fachada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo. Nesse tipo de obra, a arquitetura do edifício se torna parte integrante da obra de arte, criando uma fusão entre o espaço físico e o digital.
Principais aplicações do vídeo mapping
- Intervenções Urbanas e Espetáculos ao Ar Livre: O vídeo mapping é amplamente utilizado para transformar espaços urbanos em cenas imersivas e interativas, como em festivais de luz e arte. Exemplo disso são as projeções em fachadas de edifícios históricos, transformando a paisagem urbana em uma tela gigante.
- Exposições e Instalações Artísticas: Muitos museus e galerias de arte contemporânea têm explorado o vídeo mapping para criar experiências sensoriais que convidam o espectador a interagir com a obra e com o espaço expositivo de forma mais profunda e envolvente.
- Shows e Concertos Musicais: Em performances musicais, o vídeo mapping é frequentemente usado para criar efeitos visuais que acompanham a música, gerando uma experiência sensorial única para o público.
- Publicidade e Marketing: Além do campo artístico, o vídeo mapping também é uma ferramenta poderosa no mundo da publicidade, onde marcas utilizam essa técnica para criar campanhas imersivas e impactantes, projetando suas mensagens de maneira criativa em espaços urbanos.
