“Voo” de Deborah Engel na Galeria Marilia Razuk

“Voo” é a primeira exposição individual da artista Deborah Engel na Galeria Marilia Razuk e será inaugurada em 22 de março, das 11h às 16h. A artista propõe em sua pesquisa uma reinvenção da contemplação, tomando como interesse questões ligadas à fotografia expandida, à experimentação da perspectiva e do enquadramento e ao Cinetismo.

A mostra traz um conjunto de sete novas fotografias criadas com colagens que instigam e provocam o olhar do espectador, desafiando a percepção de profundidade e perspectiva. Ao lado das fotografias, a exposição conta com uma instalação composta por linhas elásticas que dialogam com o ponto de fuga presente nas imagens, criando uma continuidade entre os elementos bidimensionais e tridimensionais.

Engel apresenta ainda dois desenhos e quatro esculturas inéditas, sendo duas em metal e duas em madeira, todas explorando a questão do prisma e sugerindo uma quarta dimensão, convidando o público a se perder no espaço e na vertigem.

Voo é um convite a uma nova orientação espacial, em que a artista propõe uma reflexão sobre a percepção, a mudança de ângulo, e propõe o olhar e o pensamento. Por meio de suas obras, Deborah Engel nos convida a embarcar em uma experiência de orientação e desorientação visual, no qual o ponto de fuga, questão central de sua pesquisa, é explorado como uma ferramenta para evocar sensações de voo, de deslocamento, de transição.

A experimentação com materiais e formas é um reflexo de sua busca constante por novas maneiras de olhar o mundo e se relacionar com ele, incentivando uma reinterpretação da realidade.

Nesta exposição, a artista apresenta um ambiente sensorial, em que a arte transcende a estética e se torna um convite para a reflexão. Ao reunir elementos de diferentes suportes e linguagens, como fotografia, escultura e instalação, Voo é uma experiência que sugere o olhar para além do óbvio e questiona nossa perspectiva sobre o mundo. A cada obra, Deborah nos desafia a reconsiderar o que vemos e como vemos, reafirmando o poder da arte como ferramenta de resistência e transformação do olhar e do pensamento.

Voo conta com texto curatorial de Camila Bechelany.