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Art Basel e UBS Survey de Colecionadores Globais 2024: perspectivas e tendências no mercado de arte de alto patrimônio

O “Art Basel and UBS Survey of Global Collecting 2024” traz insights valiosos sobre os colecionadores de arte de alto poder aquisitivo e suas preferências de compra. Com dados coletados em 14 grandes mercados globais, o relatório explora comportamentos de compra e padrões de gastos de 2023 ao primeiro semestre de 2024, destacando a resiliência e mudanças no perfil dos compradores, mesmo com as incertezas econômicas que impactaram o setor.

Em 2024, mesmo diante de uma desaceleração nas vendas em grandes casas de leilão, como Christie’s e Sotheby’s, onde o volume de vendas caiu 26% no primeiro semestre comparado a 2023, as importações globais de arte e antiguidades aumentaram pelo terceiro ano consecutivo, atingindo US$ 33 bilhões – refletindo uma demanda consistente em regiões como Hong Kong. Em contrapartida, as exportações estagnaram, diminuindo 1%, com valores caindo em grandes centros como EUA e Reino Unido.

Mudanças no Perfil de Gastos e Público

O estudo destaca uma queda de 32% no gasto médio de colecionadores em 2023, passando para US$ 363.905. No entanto, o gasto mediano caiu apenas marginalmente, de US$ 50.165 em 2022 para US$ 50.000 em 2023. Esse ajuste de gastos parece ser impulsionado pela retração entre millennials, cujo gasto médio caiu 50%, enquanto a Geração X lidera as aquisições, com uma média de US$ 578.000 em 2023.

Os colecionadores da China continental continuam sendo os que mais investem, com um gasto mediano de US$ 97.000, valor mais de duas vezes maior que o de outras regiões, destacando um vigor na demanda mesmo com desafios no mercado.

Preferências por Artistas Emergentes e Diversidade

A pesquisa revela um aumento no apoio a artistas emergentes, que passaram a representar 52% dos gastos dos colecionadores, enquanto as obras de artistas estabelecidos caíram ligeiramente. As aquisições de obras de artistas femininas também aumentaram, alcançando 44% do total em 2024, maior nível desde 2018, com o segmento mais alto de colecionadores dedicando 52% de seu gasto para artistas femininas.

Canais de Compra e Tendências Multicanais

Galerias e dealers permanecem como o principal canal de compra, com 95% dos entrevistados comprando em galerias físicas, online ou feiras de arte. As aquisições em feiras de arte aumentaram de 39% em 2023 para 41% no primeiro semestre de 2024. Leilões seguem como o segundo canal mais utilizado, com 67% dos colecionadores participando.

O uso de múltiplos canais mostrou-se essencial, com 72% dos HNWIs adquirindo obras via site de dealers sem ver as obras pessoalmente e 43% comprando pelo Instagram. Em média, colecionadores compraram de 17 galerias em 2024, com um foco crescente em galerias locais (70%).

Alocação de Riqueza e Mercado de Arte

A alocação de patrimônio para arte entre colecionadores HNWIs caiu de 24% em 2022 para 15% em 2024, refletindo uma priorização diferente no portfólio de investimentos. Entretanto, os mais ricos (patrimônio acima de US$ 50 milhões) mantêm uma alocação média de 25%, indicando a arte como parte essencial de seu patrimônio.

Este estudo se firma como uma ferramenta valiosa para profissionais do mercado de arte que buscam entender as dinâmicas de compra e preferências dos principais colecionadores globais. Explore o relatório completo no site da Art Basel para uma análise aprofundada.

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