A centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares, é uma das principais premissas que norteiam o processo curatorial da mostra, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país.
Com abertura em 02 de agosto, mostra reúne cerca de 240 artistas negros, de todos os estados brasileiros. Projeto deve circular em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.
Sob curadoria de Igor Simões, em parceria com Lorraine Mendes e Marcelo Campos, a ideia da exposição nasceu em 2018, um projeto de pesquisa fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Desde então, foram abertas duas importantes frentes de pesquisa para a exposição: na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em todas as regiões do Brasil com a participação do Sesc em cada estado, com o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de portfolio, exposições, entre outros, com foco local.
A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística online intitulado “Pemba: Residência Preta”, que selecionou 150 residentes que foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A residência contou ainda com uma série de aulas públicas disponíveis no canal do Sesc Brasil no YouTube.
O resultado foi a reunião de trabalhos em diversas linguagens artísticas como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI por 240 artistas negros, entre homens e mulheres cis e trans, de todos os Estados do Brasil.