A Sotheby’s emerge como a vencedora na disputa pela cobiçada coleção de Emily Fisher Landau, a renomada mecenas das artes que faleceu em março aos 102 anos. Este tesouro se tornará a peça central da temporada de leilões de outono em Nova York, marcada para novembro, sendo que tanto a Christie’s quanto a Sotheby’s estavam na corrida para adquiri-la.
A joia da coroa dessa coleção é “Femme à la montre” (Mulher com Relógio), uma obra de Pablo Picasso datada de 1932, retratando a jovem amante do artista, Marie-Therese Walter, e que está avaliada em “mais de US$ 120 milhões”, conforme anunciado pela Sotheby’s.
A colecionadora Emily Fisher Landau com a obra de Picasso. Foto: New York Times.
As obras principais de Picasso de 1932 agora alcançam valores impressionantes, situando-se entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões, de acordo com um negociante que organizou uma exposição exclusiva delas. Nenhuma peça desse calibre foi a leilão desde 2010, quando a pintura monumental “Nu, Folhas Verdes e Busto”, da coleção dos patrocinadores de Los Angeles, Sydney e Frances Brody, alcançou um recorde de US$ 106 milhões.
Várias fontes dentro das casas de leilões indicam que o valor total das obras de Landau atinge a impressionante marca de US$ 500 milhões. A Sotheby’s, em seu comunicado oficial, estima a coleção em “mais de US$ 400 milhões”.
Além da peça destacada de Picasso, a coleção inclui outras obras notáveis, como uma grande obra de Mark Rothko de 1958, um trabalho de Ed Ruscha, uma criação de Jasper Johns e um autorretrato de Andy Warhol, concluído apenas alguns meses antes do falecimento do renomado artista.
Em um mercado de arte que enfrenta desafios, todos os olhos estarão atentos à venda da coleção de Landau.
